Em um mergulho nos registros históricos, encontramos uma página fascinante do passado maçônico no Brasil, mais especificamente em 1875. O jornal Correio Paulistano, em sua edição 5530 de 3 de março daquele ano, relata um evento marcante ocorrido em 24 de fevereiro de 1875: a sessão de regularização da Loja Firmeza junto ao Grande Oriente Unido do Brasil, desvinculando-se da filiação ao Grande Oriente Brasileiro.
A reportagem destaca a significativa presença de irmãos do quadro da Loja Firmeza e de outras lojas, como a Caridade 3ª de Tatuí. A comissão encarregada da regularização contou com figuras ilustres como os irmãos Elesbão Antonio da Costa e Silva, Joaquim Thomaz Corrêa e o tenente Mathias Claim, representando o Grande Oriente Unido do Brasil. A presidência da sessão foi honrosamente ocupada pelo irmão Dr. José Carlos Machado de Oliveira, à época Juiz de Direito da comarca de Itapetininga.
Encarregada pela harmonia do evento, a banda União Musical foi responsável por encantar os presentes com sua música. Ao final da sessão, um gesto nobre marcou o encerramento: todo o montante do tronco de beneficência foi distribuído aos pobres, e aos participantes foi oferecido um copo de água antes de se retirarem contentes.
É interessante notar que a Loja Firmeza permaneceu filiada ao Grande Oriente Unido do Brasil até 1921, quando decidiu se filiar ao Grande Oriente de São Paulo, marcando mais um capítulo na sua longa e significativa trajetória na Maçonaria brasileira. Esses relatos nos transportam para um momento em que a Maçonaria desempenhava não apenas um papel ritualístico, mas também de compromisso social e humanitário. São páginas como essas que nos conectam ao legado e aos valores que permeiam a história da nossa instituição, resgatando a essência de uma época de união, solidariedade e progresso.

